Sunday, September 04, 2011

postcard fiction #3




Once upon a time I was trying to live the life I have imagined… the life that everyone accepts. For instance I forgot the most important detail: me! I should enjoy my life, living my expectations, my feelings and my doubts. Unfortunately we don’t really understand why people judge and say do this or that. Don’t follow your hearth but your head… I achieved a moment where I felt the loneliness… the world and the city was completely empty… the lights were red and I was alone and terrified of the future… In that park, I cried as a child… I think this the end. I decided to leave… I knew that I wouldn’t regret this attitude even thought everyone, the others, wouldn’t understand it. It was hard walking alone… Leaving the park, the people on a beautiful day when the sun was shining. This was called a moment when I was becoming an adult.

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Vivia numa cidade, que decidi apelidar por descartável, paradoxal em qualquer minuto. Tanto era muito movimentada, como deserta e assim me sentia eu. Dividida entre pólos e escolhas. Os semáforos mandaram-me parar, fui forçada a parar e a pensar… dói demasiado pensar. A sombra do arrependimento impunha-se, mas em simultâneo a vontade de gritar e redimir-me daquele erro… disse não e seria um sim. Ou talvez não. Uma vez mais a dúvida… no meio de muita gente, entre a luz e a sombra, sentia-me tão só. O vento arrepiava-me e chegava aquela sensação de medo, de insegurança. Regressei a casa e a pouca luz natural transformara-se em luzes artificiais de um qualquer transporte público. Não vi ninguém ou talvez tenha visto, mas na minha mente não estava ninguém. Adormeci… desejei que o sono me trouxesse o tempo perdido e me fizesse voltar aquele local naquele dia de sol em que fui feliz, simplesmente porque sim…

Text/texto by Carolina Vieira

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